Juíza dos EUA impede Trump de enviar Guarda Nacional a Portland após protestos contra política migratória
04/10/2025
(Foto: Reprodução) Manifestantes e policiais se confrontam em protesto em Chicago contra política migratória dos EUA
Uma juíza federal dos Estados Unidos bloqueou temporariamente, neste sábado (4), a decisão do presidente Donald Trump de enviar 200 soldados da Guarda Nacional do Oregon para Portland. A informação é da agência Reuters.
As ruas do centro de Portland, a maior cidade do Oregon, têm sido palco, nos últimos anos, de protestos contra as detenções de imigrantes em situação irregular.
A decisão da juíza Karin Immergut é um revés para Trump, que queria enviar militares a cidades que ele descreve como "sem lei", apesar da resistência de autoridades locais democratas.
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O governo do Oregon entrou com uma ação afirmando que o presidente exagerou na ameaça de protestos para justificar o envio das tropas. O estado argumenta que a medida viola leis federais e o direito local de manter o controle sobre suas forças.
Na noite de sábado, Trump decidiu enviar 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago após semanas de ameaças. Os guardas protegerão "autoridades e ativos federais", informou a Secretária-adjunta de Imprensa da Casa Branca, Abigail Jackson, segundo a agência France Presse (saiba mais abaixo).
Manifestantes usam seus telefones enquanto policiais estão em meio à fumaça em frente à sede do Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) em Portland, Oregon (EUA)
REUTERS/Carlos Barria
Durante a audiência, o Departamento de Justiça defendeu a operação, dizendo que era uma resposta a "radicais" que ameaçavam prédios federais. Já os advogados de Portland afirmaram que os protestos recentes têm sido pacíficos.
A juíza questionou a justificativa do governo, mostrando ceticismo sobre o uso de postagens de Trump nas redes sociais como base legal para a decisão.
O caso é o mais recente de uma série de disputas judiciais sobre o envio de tropas federais por Trump a cidades governadas por democratas.
Em outro protesto, mulher é baleada
Policiais operam durante um impasse com o Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) e oficiais federais no bairro de Little Village, em Chicago, Illinois (EUA).
REUTERS/Jim Vondruska
Também neste sábado (4) agentes da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos atiraram em uma mulher em Chicago, durante um confronto entre manifestantes e agentes federais de imigração, informou o Departamento de Segurança Interna.
Segundo a pasta, a mulher, que é cidadã americana e não teve o nome divulgado, foi levada a um hospital. Nenhum policial ficou gravemente ferido.
Durante os protestos, agentes usaram spray de pimenta e balas de borracha para dispersar manifestantes. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, disse em uma publicação na rede social X que enviou equipes de "operações especiais" para conter a situação no bairro de Brighton Park.
O governador de Illinois, JB Pritzker, criticou o presidente Trump por pressionar o estado a enviar a Guarda Nacional. "É absolutamente ultrajante e antiamericano exigir que um governador envie tropas militares dentro de nossas próprias fronteiras e contra nossa vontade", afirmou.
